«Monumento ao emigrante» de Hugo Travanca (2017)


Biografia do artista e apresentação da obra
https://radiohertz.pt/wp-content/uploads/2017/05/Travanka_545_365.jpg, 22:07, 10-6-2019.



            Hugo Travanca é um jovem escultor, pintor e street artist português. Cresceu no concelho de Ourém.
            Temos pouca informação sobre este escultor porque não é ainda muito conhecido.
            Fez várias exposições em Portugal e tem um novo projeto entre mãos: como costuma fazer retratos pintados de selfies, e já fez centenas deles, quer publicar um livro que reagrupe todos os seus retratos.
            Criou, com a ajuda de Ricardo Faria, o Monumento ao Emigrante em Ourém em 2017. Trata-se de uma árvore tecnológica que serve de metáfora para a emigração portuguesa. Esta escultura foi criada para a Festa do Emigrante em Ourém.




 MONUMENTO AO EMIGRANTE







Justificação do título da obra
Esta escultura é uma maneira de celebrar a emigração portuguesa de maneira metafórica, relembrando os países de emigração portuguesa com as luzes que iluminam a escultura durante a noite. Todo este monumento foi pensado para homenagear os emigrantes portuguesas, por isso se intitula Monumento ao Emigrante.
Identificação da mensagem que o autor pretende veicular
Primeiro, o artista quer mostrar que todos os emigrantes portugueses são iguais e que o que todos têm em comum são as raízes. Por isso, Hugo Travanca decidiu fazer uma árvore, pensando nas raízes que a prendem ao solo. Apesar dos emigrantes portugueses não terem ido todos para o mesmo país, todos são semelhantes, o que é ilustrado pelas 36 luzes à volta da árvore luzes essas que iluminam os nomes dos países para onde mais emigraram os portugueses.
Identificação das características da emigração portuguesa presentes na obra

Uma das características da emigração portuguesa nesta obra são as luzes/projetores sobre os quais são escritos os nomes dos países que foram, e ainda são, destinos de emigração. Estas luzes são simbolicamente posicionadas no chão, à volta da árvore, como se fossem as pontas das raízes.
O facto de a árvore ser auto-sustentável é também uma característica da emigração portuguesa, porque os portugueses que saem do país querem também tornar-se auto-sustentáveis, arranjando um trabalho, criando uma família, etc.
O facto dos portugueses viajarem de barco ou de avião também está representado nesta escultura porque funciona com a energia do vento, como os barcos com a sua vela e como os aviões que atravessam os céus, levados pela sustentação do vento. Não podemos esquecer que a viagem é uma etapa importante no processo de emigração.

Identificação da atualidade da mensagem

A obra transmite uma mensagem atual: a emigração é uma força natural, um movimento natural da nossa sociedade, como o vento.
Em Portugal opera-se uma espécie de discriminação dos emigrantes, porque são às vezes considerados como « traidores da pátria ». O escultor, com este monumento, tenciona pôr fim a esta forma de discriminação, porque, como o explica numa entrevista, a emigração é natural e não deve ser alvo de hostilidade, sobretudo vindo de pessoas da mesma nacionalidade que os emigrantes. É nesse contexto atual e com as lembranças do passado que o artista consegue veicular uma mensagem universal.

Esquematização das ideias-chave da obra

Elaborar 2 questões sobre a obra, baseadas no conteúdo do cartaz 

            1) As luzes à volta da árvore simbolizam os países de origem dos emigrantes?
            2) As raízes da árvore revelam a forte ligação do emigrante à terra portuguesa?
          



 BL & GC & LAF

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